Você já parou pra pensar que o papel higiênico, esse item tão comum no nosso dia a dia, já foi um tabu e até motivo de vergonha nas prateleiras? Pois é… Hoje ele é indispensável, mas a caminhada até esse status foi longa e bastante curiosa!
Do musgo às folhas perfumadas
Antes da invenção do papel higiênico, a criatividade humana teve que se virar. Espiga de milho, folhas, pedras, areia, conchas… a lista de materiais usados é quase uma aula de sobrevivência, e você já deve ter ouvido falar em algum desses itens pelo seus avós. Em alto-mar, alguns usavam até uma esponja amarrada numa vara e uma corda jogada ao mar. Luxo? Só pra poucos.
A primeira referência ao uso de papel como item higiênico vem da China, ainda no século VI a.C. Lá, o papel era usado não só pra embrulhar coisas, mas também, sim, pra higiene. E foi por volta de 589 d.C. que o oficial chinês Yan Zhitui registrou que não usava, para fins sanitários, nenhum papel que tivesse citações dos clássicos. Respeito é tudo, né?

Papel higiênico de verdade mesmo? Só no século XIV
Em 1391, a corte imperial chinesa resolveu caprichar e criou um papel higiênico exclusivo para a família real. Detalhe: as folhas eram perfumadas! Muito antes do “bumbu” luxuoso de hoje em dia.
Mas o que conhecemos como papel higiênico moderno demorou a aparecer. Foi só em 1857 que o americano Joseph C. Gayetty lançou seu “papel medicinal”, folhas soltas, umedecidas com aloe vera, com o próprio nome impresso em cada uma. É isso mesmo: cada folha dizia “Gayetty”. Ego elevado? Talvez. Mas a ideia era boa. Pena que não vingou. Mas, convenhamos que não era tão interessante a ideia de pôr o nome nas folhas do papel higiênico.

Do tabu ao sucesso em rolos
Na sequência, vieram os irmãos Scott, que lançaram o papel higiênico em rolo. Foi um escândalo. Vender esse tipo de produto exposto nas prateleiras, por algum motivo, era considerado ofensivo e imoral. Só que, aos poucos, o mercado se adaptou. Em 1890, a Scott Paper Company já vendia o famoso papel Waldorf, o primeiro sucesso comercial no formato que usamos até hoje.
Outros nomes importantes na evolução foram Walter Alcock (que perfurou o papel, facilitando o uso) e Hans Klenk, que espalhou o papel higiênico pela Europa nos anos 1920.
Em 1942, a St. Andrew’s Paper Mill, da Inglaterra, lançou o papel higiênico de duas camadas. Suavidade virou regra.
A escassez de 1973: uma piada virou caos
Sim, já faltou papel higiênico! Em 1973, o comediante Johnny Carson fez uma piada dizendo que o papel ia acabar. Resultado? Milhões de americanos correram para os supermercados. Prateleiras vazias. Pânico. Tudo por causa de uma piada. Ou seja: o papel higiênico, mesmo sendo um produto “íntimo”, sempre teve poder sobre nós. E até hoje vemos isso. Quem se lembra as imagens que tinham na época da pandemia, onde as pessoas compravam inúmeros papéis higiênicos? Parece que o pessoal sente muito medo de perder esse item.
Como é feito o papel higiênico?
Hoje, o papel higiênico pode parecer simples, mas sua fabricação é complexa. Ele pode ser feito de papel reciclado ou de polpa virgem (principalmente eucalipto, no Brasil). Envolve água, produtos químicos, alvejantes e muita tecnologia pra garantir durabilidade, maciez e sustentabilidade.
Inclusive, o mercado já oferece opções feitas 100% de bambu. Sustentáveis e cada vez mais populares, eles mostram que a inovação continua — até no banheiro.
E sobre o Papel Higiênico? Quem inventou?
Bom, esse item foi uma aprimoração através da história. Muitos inventores já passaram a mão nesse papel. Ainda bem! Mas, vamos considerar o inventor moderno, que é o que temos hoje.
QUEM? Joseph C. Gayetty
QUANDO? 1857
ONDE? Estados Unidos
Muito obrigado por acompanhar até aqui! Espero que tenha gostado desse post. Temos outros que são interessantes para você: Veja quem inventou o palito de fósforo. Valeu!
Fontes:
https://www.bumboo.eco/blogs/news/who-invented-toilet-paper
https://asacomercial.com.br/a-historia-do-papel-higienico-conheca-de-sua-criacao-ate-os-dias-atuais/
https://www.elitepapel.com.br/artigos/dicas-para-hora-da-higiene/curiosidades-del-papel-higienico-3