Você já parou pra pensar como o cinema surgiu?
Hoje a gente escolhe um filme em segundos, assiste onde quiser, comenta nas redes e parte pro próximo. Mas esse hábito tão comum nasceu de uma revolução que começou com sombras na parede. Sim! Sei que você lembrou daqueles trabalhos de artes da escola que você tinha que fazer uma peça de teatro com sombras.
Se prepara, porque a história do cinema é uma mistura de mágica, invenção e muita ousadia. E sim, tem nomes famosos como os irmãos Lumière e até Thomas Edison. Mas também tem personagens esquecidos, como Alice Guy-Blaché, que simplesmente mudou tudo.
O início antes do início: o tal do pré-cinema
Antes da sétima arte ser o que conhecemos, a humanidade já se virava com o que tinha. Desde cerca de 5.000 a.C., na China, o Teatro de Sombras era usado pra contar histórias com bonecos e luz. Meio teatro, meio sonho.
Com o passar dos séculos, surgiram aparelhos que brincavam com imagem e movimento:
- Câmara Escura (estudada por Da Vinci no século XV), que influenciou a fotografia.
- Lanterna Mágica (séc. XVII), que projetava imagens pintadas em vidro.
- Fenacistoscópio, Praxinoscópio, Fuzil Fotográfico… nomes complicados, mas essenciais pra criar a ilusão de movimento.
Esses dispositivos pareciam brinquedos, mas pavimentaram o caminho pro que viria depois: registrar o mundo em movimento.
Edison e os Lumière: quem deu o passo certo?
Em 1890, Thomas Edison inventou o Cinetoscópio — uma espécie de caixa onde a pessoa assistia sozinha a filminhos curtos. Era interessante, mas limitado. Edison não curtia a ideia de exibir os filmes numa tela grande pra plateia. Achava que não ia dar lucro. Pois é, quem diria.
Enquanto isso, na França, os irmãos Auguste e Louis Lumière criaram o Cinematógrafo, um aparelho portátil que filmava, revelava e projetava imagens, tudo junto. E em 28 de dezembro de 1895, no Grand Café em Paris, eles fizeram a primeira exibição pública de cinema da história.
Foram exibidos 10 curtas, incluindo o famoso “A Chegada do Trem” e “A Saída dos Operários da Fábrica”. O público ficou em choque. Reza a lenda que teve gente se jogando no chão achando que o trem ia sair da tela.
Do real ao imaginário: quando o cinema aprendeu a contar histórias
No início, o cinema era só uma “janela pro mundo”. Mostrava a vida como ela era. Mas aí vieram dois nomes geniais que mudaram tudo:
Alice Guy-Blaché
A primeira cineasta da história. Em 1896, dirigiu “A Fada dos Repolhos”, o primeiro filme narrativo. Depois disso, produziu quase mil filmes, explorando cores, som e efeitos especiais muito antes disso virar padrão. Fundou sua própria produtora nos EUA e só recentemente teve seu legado reconhecido. É a mãe do cinema.
Georges Méliès
Ilusionista e visionário. Em 1902, lançou “Viagem à Lua”, usando efeitos especiais, cortes e sobreposições que encantam até hoje. Méliès é considerado o pai dos efeitos especiais — e um dos primeiros a transformar o cinema em arte.
E o Brasil nessa história?
Acredite: a gente também tem raízes fortes no cinema. Em 1898, foi lançado o primeiro filme brasileiro: “Vista da Baía de Guanabara”. Depois vieram os filmes de atualidades, mostrando o dia a dia das cidades — e só muito tempo depois, as novelas tomaram conta das telas.
O primeiro filme colorido?
Muita gente acha que o cinema colorido só apareceu nos anos 1930, mas já no comecinho do século XX existiam técnicas de coloração manual. A própria Alice Guy usou cor em seus filmes muito antes disso ser moda. Mas há muitas controvérsias a respeito do primeiro filme colorido.
E sobre o cinema? Quem inventou?
Bem, como vimos, a ideia de reproduzir imagens para espectadores é bem antiga. Mas, vamos considerar o primeiro cinema, a primeira reunião de pessoas para assistirem imagens se mexendo. Que com certeza veio da ideia dos irmãos Lumière.
QUEM? Auguste e Louis Lumière
QUANDO? 1895
ONDE? França
Muito obrigado por ter acompanhado mais essa história! E garanto que você também vai gostar de saber da história da televisão! É só clicar aqui para ler a origem dela! Valeu e até a próxima 🙂
Fontes:
https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/a-origem-do-cinema