Se você acha que guardar energia pra usar depois é coisa moderna, é melhor repensar isso. Essa história é bem mais antiga do que parece — e, como sempre, cheia de descobertas curiosas, gente genial e até uns potes misteriosos lá do outro lado do mundo.
Vem comigo descobrir a história das baterias elétricas, ou, como todo mundo chama, pilhas.
Antes de Alessandro Volta, alguns já tentavam
Sim! Muito antes dos fios, tomadas e carregadores portáteis, os povos da Antiguidade já brincavam com o conceito de armazenar eletricidade. Arqueólogos desenterraram uns potes de barro lá nas ruínas da Mesopotâmia, conhecidos como Baterias de Bagdá. Era uma coisa bem arcaica: um pote de cerâmica, um tubo de cobre, uma barra de ferro e uma solução ácida (tipo vinagre) ali no meio.

Ninguém ligava nada em lugar nenhum, mas a base da ideia tava lá — gerar e guardar energia. Alguns estudiosos acham que aquilo servia pra galvanoplastia (cobrir um objeto com metal usando eletricidade), outros dizem que era coisa religiosa ou até terapêutica. Fato é: o conceito já rondava a cabeça da humanidade fazia tempo.
Luigi Galvani e o sapo elétrico
Pulando pro século XVIII, a eletricidade começou a ganhar forma nas mãos dos cientistas europeus. Um deles foi Luigi Galvani (daí vem o conceito de galvanização), que descobriu que as pernas de um sapo contraíam quando tocadas por dois metais diferentes. Ele achava que era algum tipo de “eletricidade animal”. Mas… estava errado.

Quem matou a charada foi Alessandro Volta, outro italiano da cidade de Como, que disse: “Calma lá, isso vem dos metais, não do bicho”. Pra provar, ele empilhou discos de zinco e cobre, separados por pedaços de pano embebidos em água salgada — e assim nasceu, em 1800, a Pilha Voltaica (sim, vem do sobrenome dele, Volta), a primeira bateria elétrica de verdade.
Quem foi Alessandro Volta?
Se você já ouviu falar no “volt” (a unidade de tensão elétrica), pode agradecer a esse cara. Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta nasceu em 1745, na cidadezinha de Como, Itália. Sendo autodidata, ele aprendeu sozinho física, matemática, várias línguas e foi metendo a mão nos experimentos com eletricidade.

Antes da pilha, Volta já tinha feito nome inventando o eudiômetro (um aparelho pra medir gases), isolado o gás metano e até sugerido ideias pra indústria e agricultura. Um verdadeiro monstro da ciência.
Quando lançou sua pilha, em 1800, não demorou muito pra fama bater na porta. No ano seguinte, Napoleão Bonaparte chamou Volta pra uma apresentação exclusiva e saiu de lá impressionado. Resultado? Volta virou conde, senador e uma celebridade científica, mas por motivos de querer ter uma vida tranquila e longe de conflitos, Volta não quis saber de política e foi logo focar na sua carreira científica.

A evolução das baterias
Depois da Pilha de Volta, a corrida pela melhoria das baterias começou. Em 1836, John Frederic Daniell criou a Célula de Daniell, que resolveu vários problemas da pilha original, como a formação de bolhas de hidrogênio.
Outros nomes como John Dancer, Bird, Poggendorff e Grove foram trazendo novas ideias. Mas o verdadeiro próximo salto só veio em 1859, com Gaston Planté, que inventou a bateria de chumbo-ácido — a primeira recarregável. Era pesada, grandona, mas durável e capaz de fornecer corrente alta. Até hoje, ela é usada em carros e sistemas estacionários.
Em 1881, Camille Alphonse Faure melhorou ainda mais o projeto, aumentando a capacidade e eficiência das baterias de chumbo.
Por que essa invenção mudou o mundo?
Sem a pilha, não existiria telégrafo, telefone, rádio e muito menos celular, notebook ou carro elétrico. Toda a base da comunicação moderna e da energia portátil nasceu dessa invenção. Mais ainda: as baterias são peça-chave em energias renováveis, como solar e eólica — porque sem elas, não tem como guardar a energia gerada de dia ou quando o vento sopra.
E a verdade? A gente deve muito a Volta. Tanto que a unidade de tensão elétrica, o volt, foi batizada em homenagem a ele.
E sobre a bateria elétrica, mais conhecida como pilha? Quem inventou?
Bem, Galvani bateu na trave no seu experimento, e quem pegou o rebote para fazer o gol foi o Alessandro Volta. Essa invenção mudou o mundo para sempre.
QUEM? Alessandro Volta.
QUANDO? 1800
ONDE? Itália
Muito obrigado por acompanhar essa história sobre a invenção das baterias e pilhas! Aqui nesse blog, você acompanha as maiores invenções da humanidade. Já postei sobre a invenção do papel e do rádio, que esse teve uma participação fundamental de um BRASILEIRO! Você sabia disso? Então venha conferir!
Fontes:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/alessandro-volta.htm
https://newmax.com.br/breve-historia-das-baterias/